quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Metáfora de homens e seus guarda-chuvas (nonsense).

Pense em um mundo de praça sem ruas, somente calçada e pessoas circulando. Há nesse mundo uma chuva de que todos nós já experimentamos, ou anseamos por experimentar.
Pessoas diferem em interior por o que diferem na atitude: Existem os que não se desprendem de seus guarda-chuvas, com um medo obsessivo de se molharem daquela água forte, e quando olham para o lado, para um chamariz qualquer, logo enterram o pé em poças e mergulham em arrependimento.
Outros preferem olhar sempre para o solo, para terem certeza que não pisarão em falso. Quando estes decidem levantar os olhos o caminho todo se passou e de nada aproveitaram, pois só o que viram foi a si mesmos por seus olhares amedrontados.
Há também gente que tomou da água caída por acidente e decidiu se deixar levar, para o horror dos medrosos, mas também sofrendo pela chuva forte.
E há por fim os mais interessantes de todos, os que amam a chuva. Andam felizes por estarem molhados, sorrindo ou tirando prazer de sua melancolia, quando o riso não vem.

Qual desses é você, oh humano?

*Nota: Para quem não interpretou a metáfora sozinho há uma "legenda" no primeiro comentário deste artigo com a minha interpretação.

© Todos os direitos reservados.