sábado, 29 de março de 2008

Ensaio sobre escolhas.

Estou sem escrever a dias, muito por cansaço mental, de atividades que não serão dissertadas. Pretendo voltar à ativa.

Como imaginava era somente necessário algumas linhas de escrita que as idéias iriam ressurgir, e ressurgiram, e com elas o gosto, por essa prática, esse exercício, para a leitura de outros, mas principalmente para a leitura futura por meu próprio ser envelhecido.

Eis o assunto a ser analisado: Escolhas. Às vezes pensamos tanto sobre um assunto, em fragmentos que só entendemos e que não podemos explicar, e esse é uma dessas vezes, mas tentarei explicar claramente.
Pensemos em um caso qualquer, uma pessoa deve escolher entre A e B, dentre isso não há nada de novo, o que quero explicar é que na realidade a verdadeira batalha mental não está entre decidir por A ou B, e sim entre dois lados de sua mente. Qualquer decisão, certa ou errada, sempre terá na pós-decisão um cenário mental da seguinte forma: Um lado defenderá o escolhido, jogando idéias que favorecerão a mente na escolha, não importando se a escolha foi efetivamente certa, somente para manter uma boa saúde mental. Já o outro lado é o lado do arrependimento, sempre dizendo que o pior foi aceito, sempre avaliando "grama mais verde", o maior sucesso, e afins.
O que proponho é o seguinte, esses "lados" não se criam através da defesa de suas idéias, através da necessidade de manter uma igualdade de noções, ou coisas do tipo, eles se formam simplesmente com a idéia de "consolo" ou "arrependimento", sem se importar com o certo ou o errado, ou seja, na realidade as batalhas mentais vêm não pelas escolhas, e sim pela mentalidade da pessoa, pela consciência, ou para ser mais específico (ou mais viajado) simplesmente pela autoconfiança, onde uma pessoa que possui pouca irá sempre ver suas escolhas como errôneas, e vice-versa.

Tudo sempre caminha para a ampla ciência da Psicologia.

Estou cansado, em breve postarei mais - e melhores - artigos.

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terça-feira, 11 de março de 2008

O último trem.

-Perdi o trem da meia-noite?- Perguntou o homem que chegou correndo à estação.
-Sim, o senhor o perdeu.
-Ah, então pegarei o da meia-noite e quinze.
-Não, senhor, você perdeu o último trem.
-Ah! - suspirou o homem. - Pois então virei amanhã.
-O senhor não entendeu. Você perdeu o último trem.
E então o homem viu com clareza, com seus próprios olhos, a estação de trem se desvanecer, e o homem que dialogava, sem rosto ou formas, também se desvanecer. Somente o trem rumava ao horizonte, sem se importar com a ausência deste seu passageiro.
E tudo se tornou claro, e não restava nada ao pobre homem além de aceitação.

Não percam o último trem.

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