domingo, 27 de janeiro de 2008

Penso logo escrevo / Como e porque sou conflitante*.

Segue minha nova descrição de perfil:
Escrevo com dolo** sincero. Dolo esse que me arranca os escrúpulos e idolatra a expressão. Dolo que improvisa meu direito de opinião, esse passando a se barrar somente a limites legais e não a visões de terceiros ou ao tempo da voz. A minha escrita ultrapassa a voz onde o meu pensamento reverbera infinitamente, entre mentes conhecidas e desconhecidas, entre a criação e o depois, e não somente no tempo único da voz sem eco ou reprodução.
E nesse hábito, saudável, eu diria, o pensamento contínuo se marca na consequência e no autor, que contempla sua obra como parte de si, tal como vejo meu contentamento sobre minha escrita da mesma forma de que o homem de paletó vê contentamento em sua prática, ou o condenado vê contentamento em sua liberdade.
E nessa análise da obra vejo que o fruto dessa pode tardar a vir, mas que o êxtase é instantâneo e ao mesmo tempo duradouro.

*Fiquei em dúvida quanto ao melhor título e empreguei os dois, o primeiro dispensa descrição e o segundo é menção a obra "Como e porque sou romancista", de José Alencar, que tratava de sua escrita romântica com romantismo, da mesma forma que eu trato minha escrita como conflitante.
**Em termos legais "dolo" significa a intenção e o consentimento da negligência, da fraude (como o homicídio doloso, de dolo diferencia do culposo, de culpa), nesse artigo eu o uso como o consentimento da ação de pensar e escrever, que leva a palavra "sincero" para esclarecer que não vem da intenção de fraudar, e sim de expressar.

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2 comentários:

Anônimo disse...

É isso ai!

Anitcha disse...

Satisfação própria. E , lógico, espera de reconhecimento público.

Escrever?Ah, é uma arte que realmente nos dá liberdade.

Conflitante? Conflitante somos todos nós, mas só alguns sabem expressar suas idéias sem se compremeter pela bagagem emocional.

Incrível.
VC está acima de nós
=)