domingo, 6 de janeiro de 2008

Toyota salvando o planeta e o fiasco do Grand K.

Quem nunca soube do chamado Prius, o automóvel verde, o carro das celebridades e dos que querem um mundo menos poluído, e não foi atingido por uma certa revolta, uma incerteza de que a montadora fazia esse espírito verde, essa imagem da não-poluição somente para ganhar dinheiro, sendo que a montadora japonesa tem o carro mais vendido do mundo, o Corolla, que deve poluir um bocado. Mas de qualquer forma hoje meus amigos, eles me convenceram, eles são mesmo verdes!
Ao folhear a revista Veja* eis que deparo com tal reportagem de que o gerente de controle de qualidade da produção do Prius, na montadora Toyota na província de Aichi, no Japão, morreu por excesso de trabalho (Edição de 9 de jan., página 78). E pergunto-me, como, como uma empresa que se diz verde, ambiental, realizaria o ultraje, o crime, por assim dizer, que seria colocar um homem trabalhando mais de 80 horas extras (horas extras é eufemismo, ele e outros trabalhadores entravam em turnos sem remuneração, em completo voluntariado no maior estilo "ou trabalha ou é rua") todo mês por seis meses até que esse caísse fulminando em pleno expediente, às 4 horas da manhã e não mais levantasse?
Ora, é claro que a única explicação lógica não é que a empresa capitalista se aproveita de seus funcionários para diminuir o custo de seus produtos ao mesmo tempo que se aproveita de seu público ambientalista para vender um conceito, pois o Prius não é elétrico, é um semi-elétrico e sim que a única explicação lógica é que a Toyota em seu âmago de sua consciência ambiental passou a assassinar seus funcionários!
Vejam que genial, pra que investir em carros menos poluentes, sendo que seus funcionários utilizam energia todo o dia, produtos químicos, garrafas pet e isso tudo carregando o símbolo da Toyota e manchando sua reputação, vamos matá-los! Cada funcionário morto é uma quantidade de energia que não será queimada diariamente, uma quantidade de alimentos que não será consumida!
Eu até imagino o diretor da Toyota japonesa em uma entrevista com a mídia mundial, falando de suas ações com frases como "Aquele puto nem assistiu Uma verdade Inconveniente**" ou "Maldito, nem se deu ao trabalho de utilizar o Google Preto***!" e quando questionado sobre ações futuras seus olhos sonhadores brilhariam e ele falaria coisas como "O próximo passo é assassinar nossos clientes, não com bombas nos Prius, é muito CO2 na atmosfera, colocaríamos agulhas com HIV nos bancos, agulhas reaproveitáveis, claro" tudo isso antes de se jogar de sua janela ao final da entrevista, como ato de revolta a toda a energia que já tinha gasto em sua vida.
Você acha isso impossível? No Japão já devem estar espalhando cartazes com fotos do Prius em frente a florestas e os dizeres "Você é o próximo" e "Precisamos de funcionários, mande-nos seu currículo e gasto diário de KW".

Acho que o sarcasmo já disse tudo do assunto, mas agora passando para outro, na mesma revista, fiquei espantado com a matéria de que o Grand K, o cilindro metálico que representa 1Kg guardado a sete chaves no Bureau Internacional de Pesos e Medidas na França está perdendo peso!
O Ser humano é um ser tão peculiar que no auge de sua modernidade, matemática e física, criou uma instituição com o intuito de guardar tal incrível cilindro que é a referência para balanças no mundo todo, e o cilindro perdeu peso! Será que não vêem o quão patético é isso?!
Outros dados da reportagem dizem que o mesmo Bureau havia criado um objeto metálico para representar o metro, e que seria difundido no mundo, e no século XX começou-se a buscar uma definição para o metro que "não dependesse de um artefato físico e que fosse baseada numa constante fácil de reproduzir", e então estabeleceram o metro como "a distância percorrida pela luz, no vácuo, no intervalo de um segundo dividido por 300 milhões".
...
Tenho de lhes dizer Bureau, vocês realmente trouxeram a simplicidade!
E agora com o fiasco do Grand K estão procurando algo que o substitua, eu iria repassar aqui as coisas super simples que estão querendo atribuir como um Kg, como a quantidade de átomos de silício numa esfera de cristal, mas a mudança da noção do metro já dá pra dar idéia dos projetos desses franceses malucos. E é nessa hora que eu vejo minha garrafinha de água de 1 litro na geladeira, olho pra um lado, olho pra outro, e penso "Não, não, não aceitariam, seria simples demais".

*Sim, eu tenho vergonha de dizer que leio uma revista que faz fortuna em esquerdismo barato, nessa edição, no caso, foi uma reportagem de duas páginas sobre o botox da primeira-dama...
**Uma Verdade Inconveniente é um filme dirigido e apresentado por Al Gore que fala do aquecimento global.
***Google Preto é dentre os milhares de filhos do ambientalismo anti aquecimento global, o mais patético. Vem da idéia de que se o google tivesse um fundo preto a diminuição dos 15KW por pesquisa no Google ia salvar o mundo. E acreditem, há uma versão brasileira.

© Todos os direitos reservados.

4 comentários:

Anônimo disse...

Demorou para sacar que o alvo de todas essas campanhas verdes era a venda e que tudo é mentira.

É dicícil encontra pessoas que coloquem o bem estar geral acima dos lucros. Li certa vez que a reciclagem do papel polui mais do que confecção de novos. Mas, veja, eles escreveram isso na revista porque estão preocuppados com nosso futuro ou pq sabem que a moda é "ser saudável" ; "preservar" ?

Quem vai querer saber de campanha 100% correta quando se pode ganhar zilhoes burlando algumas regras ou a moral.

Nossa consciencia social se restringe aos outros, a divulgação.
Idiota!

E o pior de tudo: quem me garante que daqui há uns 10 anos eu não estarei fazendo o mesmo.

Hipócritas!

Pra mim, o segredo não estar em mudar tudo. Devemos encontrar o equilibrio.
Qr ter carro? Beleza, mas tira ele de casa soh se for mais de 2km.
Usa o onibus.Uma vez por semana naum mata ninguem.
Recicla!

È simples, se nos quisermos...

Anônimo disse...

hUAhuHAuHAUhAUhAU

hehehe

Rafael disse...

Se achou complicada a definição de metro, procure a definição "simples e lógica" de um bilhonésimo de nanômetro. Ela mudou minha vida.

Seu texto me fez pensar que a gripe aviária foi uma ótima jogada, afinal. Matou vários pobres (poluidores putos!), fez com que muitos frangos brasileiros estragassem por falta de espaço nos frigoríficos (comer carne gera mais metano do que outros alimentos, logo, deixá-los morrer foi mais ecológico).

Sem falar que mercado de máscaras descartáveis pegou fogo no Japão (na China -o foco- nem tanto... escravos não compram muito, afinal. E que vida chinesa vale mais que 30 centavos de dólar?!)

ps: Adorei o apelo religioso do "Pretog" (soa ridículo)- É contra meus princípios, mas sinto que devo avisar: escrevi usando ironia.

Fui o 1º a votar em posts sarcásticos! Uhuuul!

Anônimo disse...

E Morrer não polui??
Se decompor não é Ecologicamente correto.

NÃO FAÇAM ISSO!!!